Monday, February 12, 2007

"Complicativa analítica"

Visões, aparições e milagres. Experiências místicas demoníacas, universo encantado. Em cada ser se esconde e se revela um poder. Nossas vidas temporais sob luz e trevas, a eternidade é um drama da alma, para que a vida tenha sentido. Harmonia divina fazendo a matemática, a temática dos astros permanece.
Experiência, mundo sagrado é a mente humana, parte integrante de cada ser. Sexo, a cor da pele e os membros, linguagem externa... Tudo é pessoal e inegável, videntes, exorcistas e mágicos. Curadores, benzedores, sacerdotes e poetas. Perguntas sobre o sentido da vida, sobre o sentido da morte, insônia diante do espelho.
Símbolos secularizados metamorfoseiam-se os nomes, porém a função é a mesma. Na terapêutica da paz individual, busca-se a harmonia íntima. Máscaras que se mantém no psicanalítico psicótico, expressões de problemas, comportamento exótico, presença sutil, disfarçada nos fios que se tecem.
No nosso cotidiano, a fé no canto dos olhos, uma janela que se abre, panoramas externos. Espelhos que refletem nossa busca, a busca pela sapiência, conhecimento saboroso dos obscuros desejos humanos.
Tout Seul. Todos os Direitos Reservados.

Saturday, February 10, 2007

EscatológicaMente

- Acende a luz?
- Para que?
- Preciso ver melhor...entender
- Ver o que?
- As inscrições que aparecem nesta parede pintada de preto

Era sua mente lar de todos os sonhos, os que não conseguia conter, vertiam em formas de lágrimas que borravam a maquiagem de boba da corte que estampava no seu rosto.

Frio.

Vivia solitária, naquela caixa de vidro onde sua respiração era a única coisa que tinha forma, pois brincava de esfumaçar o vidro para saber se anda tinha forças para lutar. Era toda ferida de farpas, não tinha mais a mesma habilidade que antes de suprimir os problemas e dexá-los para trás.

Estava acuada demais, estava sem saída. As lembranças chicotiavam seu presente, e a dor das coisas que nunca viveu eram maior do que tudo. E aida havia a saudade.

Dos dias de chuva
dos dias de sol
da pracinha
do olho verde
do menino mais lindo do colégio.

Saudades de quando imaginava ser feliz, sem precisar de muito.

Saudade daquele cara no sinal de trânsito gritar de dentro do carro: "Que pernas lindas vc tem!!". E eu apenas tinha 15 anos

- Acende a luz?
- Para que?
- Preciso entender...ver melhor- Entender o que?
- Esta parede pintada de preto, e essas inscrições que aparecem nela

A luz permanece apagada. Ele não a deixa compreender o que a leva ser assim. Então ela segue presa no tempo, tateando no escuro tentando achar aquela saida. Sua armadura está corroída pelo tempo. Não se movimenta. Recebe todos os golpes de uma forma alucinada, alucinante.

Todos os seus pensamentos estão desencontrados tentando se encontrar. Seu grito está preso na garrafa. E o socorro não chega. Sua lucidez é sua melhor loucura, não fala mais coisa com coisa, tudo é um misto de medo, e incertezas. Seu peito esta incendiado por coisas que jamais cometera, dentro de sua cabeça sente os relâmpagos reluzentes que a conduzem para mais longe.

Está drogada. Está com dor. Está sem alma.

Saudade de dormir bem
Saudades de não sonhar
Saudades de brincar

Saudades de quando sentia que dominava o mundo, porque queria ser... Médica, ser forte, ser dentista, ser uma artista, queria ser da polícia, queria ser o Wolverine e dominar os sonhos feito o Sandman.

Hoje não é porra nenhuma. Saudades

Se tornou talvez um porre ambulante, embriagando-se de si mesma, na insanidade diária, nas drogas diárias, nas vontades que assolam e perturbam seu espírito. Na Facauldade de Teologia... Escatologia era seu forte. Tão forte que vive cada dia de forma escatologicamente doentia.

Sem sentido. Onde está Pilatos?

(Todos os direitos resevados á Christianni Fonte)

Pandora