Saturday, September 15, 2007

Tortura teu nome é - S A "L" D A D E


Tortura...
Teu nome é saudade..
Enquanto você pede uma casa no campo
Eu grito e imploro por uma no centro da cidade
Carioca....

Saudade daqueles carinhas lindos tatuados...
Suor na correria da Rio Branco
Negro desbotado....Lindo de ser ver...

Ai cariocada...da Cinelância, do chá no Odeon
Das noites góticas...Engolidas pelas minhas pupilas...
Saudade da brutalidade de quem vive esperando
Sexta Santa Feira chegar....

Rebola gostosinha nos Arcos da Lapa
Eu te vejo aqui de cima do morro...

Porra...saudade é foda!

Chris Fonte

Thursday, June 07, 2007

A Túnica de Vênus

A Túnica De Vênus

Ensina-me com malícia
Como vestir a Túnica de Vênus
De amores recolhidos
Em seu tecido bordado

Nestes versos tatuados
Sem tempo, sem ponto
Sou um contratempo
Que ao seu comando se fecha

Nestes teus sonhos, devaneios
Que a ti não destroem
E a mim despedaçam
Nesta hora incerta.

Nada mais me resta
Que a Túnica de Vênus
Cobrindo pele e osso
E este relógio que não ouço

Chris F - Pan*

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Sunday, March 25, 2007

Quem sou Eu?

Quem sou Eu?
A mesma pessoa que lhe entregará a carta. Sou melhor do que Eu mesma, pois já não me reconheço. Talvez eu busque te enganar com estas linhas.
Mas terei o mesmo prazer em fazê-lo pessoalmente. Não julgue o que as minhas palavras dizem mais do que isto! Sejam quais forem.
Pois tais sentimentos traçados pelos meus dedos e que eu expresso com incrível prazer, repetindo-os várias vezes partem do fundo do meu coração e da ferida incurável que nele habita.
Ferida que abençôo mil vezes, para te enganar, só para te enganar...
Tout Seul.C.F.

Monday, February 12, 2007

"Complicativa analítica"

Visões, aparições e milagres. Experiências místicas demoníacas, universo encantado. Em cada ser se esconde e se revela um poder. Nossas vidas temporais sob luz e trevas, a eternidade é um drama da alma, para que a vida tenha sentido. Harmonia divina fazendo a matemática, a temática dos astros permanece.
Experiência, mundo sagrado é a mente humana, parte integrante de cada ser. Sexo, a cor da pele e os membros, linguagem externa... Tudo é pessoal e inegável, videntes, exorcistas e mágicos. Curadores, benzedores, sacerdotes e poetas. Perguntas sobre o sentido da vida, sobre o sentido da morte, insônia diante do espelho.
Símbolos secularizados metamorfoseiam-se os nomes, porém a função é a mesma. Na terapêutica da paz individual, busca-se a harmonia íntima. Máscaras que se mantém no psicanalítico psicótico, expressões de problemas, comportamento exótico, presença sutil, disfarçada nos fios que se tecem.
No nosso cotidiano, a fé no canto dos olhos, uma janela que se abre, panoramas externos. Espelhos que refletem nossa busca, a busca pela sapiência, conhecimento saboroso dos obscuros desejos humanos.
Tout Seul. Todos os Direitos Reservados.

Saturday, February 10, 2007

EscatológicaMente

- Acende a luz?
- Para que?
- Preciso ver melhor...entender
- Ver o que?
- As inscrições que aparecem nesta parede pintada de preto

Era sua mente lar de todos os sonhos, os que não conseguia conter, vertiam em formas de lágrimas que borravam a maquiagem de boba da corte que estampava no seu rosto.

Frio.

Vivia solitária, naquela caixa de vidro onde sua respiração era a única coisa que tinha forma, pois brincava de esfumaçar o vidro para saber se anda tinha forças para lutar. Era toda ferida de farpas, não tinha mais a mesma habilidade que antes de suprimir os problemas e dexá-los para trás.

Estava acuada demais, estava sem saída. As lembranças chicotiavam seu presente, e a dor das coisas que nunca viveu eram maior do que tudo. E aida havia a saudade.

Dos dias de chuva
dos dias de sol
da pracinha
do olho verde
do menino mais lindo do colégio.

Saudades de quando imaginava ser feliz, sem precisar de muito.

Saudade daquele cara no sinal de trânsito gritar de dentro do carro: "Que pernas lindas vc tem!!". E eu apenas tinha 15 anos

- Acende a luz?
- Para que?
- Preciso entender...ver melhor- Entender o que?
- Esta parede pintada de preto, e essas inscrições que aparecem nela

A luz permanece apagada. Ele não a deixa compreender o que a leva ser assim. Então ela segue presa no tempo, tateando no escuro tentando achar aquela saida. Sua armadura está corroída pelo tempo. Não se movimenta. Recebe todos os golpes de uma forma alucinada, alucinante.

Todos os seus pensamentos estão desencontrados tentando se encontrar. Seu grito está preso na garrafa. E o socorro não chega. Sua lucidez é sua melhor loucura, não fala mais coisa com coisa, tudo é um misto de medo, e incertezas. Seu peito esta incendiado por coisas que jamais cometera, dentro de sua cabeça sente os relâmpagos reluzentes que a conduzem para mais longe.

Está drogada. Está com dor. Está sem alma.

Saudade de dormir bem
Saudades de não sonhar
Saudades de brincar

Saudades de quando sentia que dominava o mundo, porque queria ser... Médica, ser forte, ser dentista, ser uma artista, queria ser da polícia, queria ser o Wolverine e dominar os sonhos feito o Sandman.

Hoje não é porra nenhuma. Saudades

Se tornou talvez um porre ambulante, embriagando-se de si mesma, na insanidade diária, nas drogas diárias, nas vontades que assolam e perturbam seu espírito. Na Facauldade de Teologia... Escatologia era seu forte. Tão forte que vive cada dia de forma escatologicamente doentia.

Sem sentido. Onde está Pilatos?

(Todos os direitos resevados á Christianni Fonte)

Pandora

Wednesday, January 24, 2007

Saudade ll

De tudo que restou
Guardo
Teu lençol de linho

Preferido.

Onde deitavas
roubando-me noites e suspiros
Exauridos.

Tout

Monday, January 22, 2007

Aqui não há mais o calor do amor.

Tudo que ela pensava se alastrava por todos os poros. Seu suor abrasivo a esquentava do frio latente que percorria seu corpo. Ela não tinha mais forma, não havia mais a doce lucidez.Seu quarto era seu mundo e nele colecionava pensamentos e sonhos que se alastravam pelas paredes deterioradas.
Sua mente era uma constante mutação, e o teto sombrio era seu maior inimigo. Sua voz ecoava pelos cantos, nostálgica e por muitas vezes vacilante.Lutava a sua maneira para alcançar o céu como alma pura. Sua asa ferida, seus sonhos desfeitos de harmonia, se debatia. Lutava contra o tempo e contra toda a mentira que ainda ecoava em seus ouvidos e povoava sua mente.No velho espelho imaginário, lembrava de como se sentia bela, por mais que a beleza não povoasse aquele corpo cheio de farpas.
A única imagem que via de si mesma era sua sombra refletida na parede, uma amiga fiel e silenciosa. Ali vivia de uma realidade inventada, uma menina que sonhava com sol, com a fidelidade e com a sua paz. Mas dentro de sua mente nada deteria a vontade de vazar o infinito, pois no fundo só poderia contar com ela mesma e mais ninguém. A liberdade de seus atos fora podada pela incerteza de ser amada. Sua mágica foi de curto alcance e por conta disso não pode lidar com a mentira.
Seu mundo perfeito era feito de ilusão, um grito dentro da garrafa, sem efeito. Então perdeu seu norte, sua sorte. Agora dependia só dela, mas como ter forças para bater as asas se aquela dor era intensa? Nada mais lhe restava que sua própria dor, seus medos e seus ritos de puro desespero. Rodopiava num balé esquisito, entre luz e sombras.
Era mesmo uma busca frenética, patética tudo se perdera pela vontade de conhecer o que não podia. Pois sonhava com céu de estrelas, que jamais veria. Pois seu Astro Maior o Sol se afastou devastando a confiança, a fé a lealdade. Foi assim que ela se perdeu. É assim que ela se encontra hoje, perdida, violenta e má. Uma Donzela do Gelo em sua nave espacial dando voltas em torno do sol, sem pouso.